Araras-azuis são flagradas em 'passos de dança' em ninho no Pantanal; vídeo
17/09/2025
(Foto: Reprodução) Arara-azul dançando
Um casal de araras-azuis foi flagrado em um “passo de dança” sincronizado em Bonito (MS). A cena foi registrada pelo fotógrafo Maycon Portilho em um dos ninhos monitorados pelo Instituto Arara Azul. Assista ao vídeo acima.
Além de encantadora, a imagem destaca o vínculo entre as aves, que são monogâmicas, costumando formar pares para a vida toda.
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A arara-azul-grande é a maior espécie de arara do mundo. Pode medir até um metro de altura (da ponta do bico a ponta da cauda), com envergadura de 1,40 metro e podem atingir até 1,7 kg. A aparência da arara-azul-grande é marcante: penas em tons vibrantes de azul, fazendo um lindo contraste com amarelo do bico.
Segundo União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), a espécie se encontra em uma situação vulnerável de "quase ameaça".
Curiosidades da espécie
Tendo seu auge de reprodução em setembro e outubro, as araras-azuis e outras espécies disputam ninhos para a criação dos seus filhotes. Nos primeiros dias de vida, os pais se revezam para buscar alimento, ajudando no crescimento rápido dos filhotes.
Até os 45 dias de vida, os filhotes enfrentam risco constante de ataques de formigas, tucanos e gaviões. No entanto, a maioria das mortes acontece até o quinto dia de vida do segundo filhote. Quando há diferença de mais de cinco dias entre o nascimento do primeiro e do segundo, é comum que o mais novo não sobreviva.
Com cerca de três meses de vida (107 dias), os filhotes começam a voar, segundo o Instituto Arara Azul. Depois disso, não retornam mais aos ninhos, mas costumam permanecer por perto ou seguir os pais em voos mais longos.
Mesmo já voando, continuam sendo alimentados pelos pais. Nesse período, iniciam o processo de aprendizado: descobrem onde e o que comer, onde dormir e como se proteger de predadores.
Entre 9 e 10 meses, os filhotes já conseguem se alimentar sozinhos. Mesmo assim, alguns continuam acompanhando os pais por até 12 ou 18 meses. Depois disso, passam a viver em bandos de jovens, o que permite que os pais possam se reproduzir novamente.
*Estagiário sob supervisão de José Câmara.
Araras-azuis são flagradas dançando
Maycon Portilho
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